sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Uma tarde bem passada e o Msn...

– Sérgio! Digo virando-me.
– Está tudo bem Matilde. Volta a perguntar-me olhando para o Rafael.
Sérgio Fontes é um pedaço de mau caminho com 1.90 e porte de assassino profissional. Tem 22 e está á cabeça da sua turma, com a melhor nota, na Faculdade de Ciências Económicas e Políticas da Universidade de Lisboa, no curso de advocacia. É meu primo, foi adoptado pela minha tia Daniela quando tinha 13 anos. Faz-me lembrar imenso o Vishous da saga da irmandade da adaga negra. (roupa do Sérgio)
– Sim, o que quer que tenha havido, já esta resolvido.
–Hum. Murmura descrente ainda sem tirar os olhos do Jalerma que estava visivelmente tenso.– Já comeste? Pergunta mudando de assunto e ignorando-o.
–Ainda não. Digo. – Também não tenho lá muita fome.
– Serio? Então não queres o box master da KFC que comprei para nos. Diz aliciando-me.
Acho que os meus olhos até brilharam. – Com molho picante extra?
– Vamos para o carro. Diz beijando os meus cabelos e dando uma risada contida.
– Ok. Olho para traz e reparo que o jalerma continua ali, olhando-me um bocado desconfortável.
– Adeus. Digo seguindo o Sérgio.
– Adeus. Diz tão baixo que mais parecia um suspiro.
Entro no chevy camaro. E o Sérgio esta a lançar-me O olhar.
– Que merda se passou lá fora? Só não adivinho a sorte grande.
– Primeiro a comida. Se é para ouvir bronca, que seja de barriga cheia.
Com a sobrancelha levantada dá-me o saco com a comida.
– Então? Pergunta.–Vais falar, ou vou arranca-lo a ferros?
– Não se passou nada. Respondo. – E se tivesse passado, já está resolvido.
–Hum. Murmura. (Repetição -. -’’)
– Que vamos fazer hoje? Pergunto de boca cheia.
– Hoje. Começa, limpado o molho que eu tinha no queixo. – Vou levar-te para fora do país e vender-te a uma rede de tráfico sexual nas Bahamas. Falou como se fala-se sobre o tempo. Paro de mastigar, e olho para ele assustada.
– Okay… Tenho um primo mesmo estranho.
Ficamos um tempo em silêncio, que é quebrado por ele.
– O que é que a tua mãe te disse?
– Só que me ias buscar um dia destes. Digo sonolenta, contra o vidro do carro a ver o quão depressa estávamos a ir. Sorrio. Ele sempre gostou do acelerador.
– Que achas que vamos fazer? Continua.
– Não sei. Diz-me tu?! Ele odeia que lhe responda com uma pergunta.
– Matilde. Diz em tom de advertência. – Isso não é resposta.
– O que queres que te diga? Guincho. – Pela Deusa larga-me a braguilha.
– Vamos renovar o teu B.I. e o meu visto de residência. Fala rindo-se da minha explosão.
– É verdade… Ele já expiro a algum tempo. Digo para mim.
– E o meu visto acabou ontem. O Sérgio, não é português, a minha tia adoptou-o numa ida a Eslovénia como voluntaria na igreja.
– Era só isso? Tanta coisa para nada.
– Yah, vamos a loja do cidadão nos Restauradores, comemos num dos restaurantes da rua Augusta e vamos passear. Ele já tem tudo planeado.
– E esta saída. Até onde vai?
– Até onde a senhorita quiser.
……………………………………………………………………………………………………..
O meu resto de dia foi maravilhoso, comemos, ele compro-me um livro, que é o meu Visio, e vimos um filme. A minha relação com o Sérgio, e todos os meus primos, é de irmãos. Ele é o meu irmão mais velho, Adoro-o.
– Cá estamos nós, senhorita. Diz saindo do carro e abrindo a minha porta do carro.
– Cá estamos. Digo. Ele acompanha-me até a porta de casa. – Mano, brigada pelo dia, tava a precisar.
– Não eras a única. Responde-me com um ar cansado. – Acabaram os testes graças a Deus e só me falta entregar um trabalho.
–Não tarda estas com a tua própria firma e relacionado com o caso do século.
– Oh… Que exagerada que a minha maninha é.
– Sérgio? Olhamos para traz e a Inês esta especada a frente do portão.
– Olá mana mais nova. Diz enquanto ela o abraça.
– Olá mano grande.
Falamos mais um bocado e ele teve de ir.
Entro em casa, vou para o meu quarto dispo-me (roupa da Matilde) e ligo o PC, para ir um bocado para ao msn. E preparar-me para as perguntas que me vão fazer.
– Mas que?
msn (Maestro di piacere ( mestre do prazer) adicionar como amigo)
Adiciono mas estou de pé atrás. Mal me ponho on, sou adicionada a conferência e imediatamente bombardeada de perguntas por todos os lados.
Lá consegui responder a todas as suas perguntas. Eram seis da tarde e elas acabaram todas de sair do msn. Céus! Respondi as coisas mais absurdas que pode haver, como se ele tinha sinais de nascença? ou de que tamanho é “ele”? Deuses, eu beijei-o, não fomos para a cama.
Estava a me preparar para desligar o PC quando abre uma janelinha do msn.
Msn ON
Maestro di piacere: Olá J
É a pessoa que adicionei a pouco.
Sonho ou pesadelo: Ola…
A quem dei o meu msn recentemente?
Maestro di piacere: TB?
Sonho ou pesadelo: Tudo. Cont?
Maestro di piacere: Tbem :D
Sonho ou pesadelo: posso fazer uma pergunta?
Maestro di piacere: Já estas a fazer. Mas sim pds.
Engraçadinho…
Sonho ou pesadelo: Quem és?
Maestro di piacere: Sou aquele que tu sabes quem :P
Sonho ou pesadelo: O.o kay… Tem uma boa vida. Xauzinho.
Maestro di piacere: ESPERA!!! Eu digo, melhor mostro-te. Liga a Web cam.
Sonho ou pesadelo: Serio, já tive a minha cota de pervos na Web.
Maestro di piacere: És mesmo desconfiada. Liga a Web, estou vestido. JURO
Maestro di piacere esta a convidar para uma vídeo chamada: aceitar – cancelar
Carrego aceitar. Que posso dizer…Sou pior que jornalista.
… : Ola Tilde. Diz a voz antes de aparecer imagem.
Naaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaoooooooooooooooooooooooo.
Escarrapachados no ecrã estão, com um sorriso presunçoso, quem minha gente? Quem disse os Jalermas ganha premio. E sim ouvirão bem jalermAS, estão os dois a olhar para a cara de bunda que estou a fazer.
(Msn on cam mod.)
–Ciao buona cosa (Olá coisa boa). Dizem os dois. Eu devo ter cagado em cima de algum santo e depois ter-lhe escarrado em cima.
– Como raio arranjarão o meu msn? Grito.
– Pedimos a Helena Leitão. Respondem.
– Espera so até te ver Gatinha. Desabafo. Oh a Gatinha ia ouvir. Dar o meu msn a torto e direito? Mas quê isto?
– Não te zangues com ela. Pedem. – Nos precisávamos de falara contigo.
– E têm de pedir a terceiros?
– Terno ias dado caso nós pedíssemos a ti? Pergunta Rodrigo, como eu sei? O Rafael é o que esta a fazer caretas para a camera.
– Não. Respondo na cara de pau.
– Pois bem… Temos de ir a fonte se o rio é longe. Agora não percebi.
– Certo… Vamos ver o que vai sair daqui. – O que querem? Pergunto fechando os olhos e esfregando a cana do nariz. Estou a ficar com dores de cabeça.
– Queríamos falar contigo. Quem fala é o Rafael, que adquire uma expressão seria. Assim não dão quase para distinguir.
– Nos tamos a falar. Que estive eu a fazer com as minha cordas vocais a quase cinco minutos?
– Não assim. Falam negando com a cabeça. - Cara a cara.
– Então falamos amanhã na escola. Proponho.
– Não em privado. Começa Rafael. – Podes vir aqui? Termina Rodrigo.
– “Aqui” onde? Pergunto.
– A nossa casa. A casa deles? Como se quisesse me meter na toca do lobo.
– Que coisa tão importante é essa que tem de ser falada agora mas não no msn?
– Que te custa? Diz Rafael irritado.– É a casa ao lado.
– Então vem cá tu que o caminho é o mesmo. Grito.
– Estamos a ir.
msn off
Quando dou por mim eles já tinham desligado.
– Mas que raio. Murmuro de sobrolho franzido.
(toque de campainha) 

Ainda estava a olhar para a imagem de fundo do PC, quando volto a ouvir o som irritante.
-Matilde! Olha a porta!!! Grita a Inês do quarto ao lado.
-A porta? Murmuro. Voltam a tocar. – A porta!
Corro escada a baixo e chego ao hall de entrada, acendo a luz e olho pelo olho mágico.
- Mas que merda!? A porta estão especados os jalermas a gastar-me a campainha.
Encosto a testa a porta e rezo. Deuses! Isto não pode estar a acontecer. A campainha volta a tocar e dou um salto com o susto.
-Sim! Grito abrindo a porta.
Deixa-nos entrar. Pedem. – Por favor. Estavam os dois aos saltinhos numa tentativa vã de se manterem quentes.
-Deusa do Céu! Digo dando-lhes espaço para entrar. – Como vão para a rua assim vestidos. Pergunto indignada, fechando a porta. Estavam os dois de kispo, calças de pijama finíssimas e ténis.
-Precisávamos de falar contigo. Responde Rafael.
Dou um estalo com a língua e olhos de maneira reprovadora. – Que merda de assunto tão importante é esse, que faz com que vós faz querer apanhar um a gripe ou pior? Eles olham para mim com uma careta.
-Esse tipo de palavreado não é bonito saído da boca de um a dama.
- Apenas sigam –me. Leve-os até a cozinha e sente-os nos bancos de pé alto a volta da ilha.
- São alérgicos a alguma coisa? Pergunto.
-Não. Respondem em simultâneos e confusos.
-Óptimo. Tiro todos os ingredientes que preciso e começo a fazer chocolate quente.
- Aqui tem. Digo pondo duas canecas a frente deles. – Vai vos aquecer.
-Grazie. Respondem dando um golo no conteúdo.
-Esta fantástico. Ouço num murmurar. Olho para eles e não posso fazer outra coisa a não ser rir. Estavam os dois com bigodes de leite.
-Que foi? Perguntam com um sorriso. Passo um guardanapo a cada.
- Engraçadinhos.
-Pois somos. Diz Rafael. – E do tipo dos bem bonitos.
- Tinha de vir. Digo rolado os olhos e recolhendo as canecas vazias e pondo as na máquina.
- Tu dizes isso, mas sabes que me adoras. Vai-te fiando nisso…
-Agora que não estão quase congelados. Começo encostando-me a bancada do lava loiças. – O que vos trás a minha humilde residência.
Ele entreolham-se e adquirem posturas mais serias.
-Eu… Começa Rafael um pouco constrangido. – Eu…eu…
-Tu…Tento faze-lo desenvolver.
- O que ele está a tentar dizer é que te quer pedir desculpas por o que aconteceu hoje mais cedo. Diz Rodrigo vendo que Rafael não ia conseguir dizer.
- Oh. A parte em que te tornaste um bocado assustador e agarraste-me o braço com força o suficiente para o marcar? Pergunto Sarcástica. – Esse acontecimento mais cedo?
- Magoei-te? A pergunta veio acompanhada de um par de mãos que me agarraram muito delicadamente o meu braço magoado. Na verdade só notem que o tinha marcado quando estava a mudar de roupa.
- Merda! A exclamação veio com outro par de mão. – Olha só o braço dela. No meu braço notava-se claramente a marca dos dedos em uma nódoa negra.
- Peço tantas desculpas, eu… Eu nem sei o que dizer. Ele está mesmo transtornado.
 – Hei eu perdoo-te tudo, só larga-me o braço que agora é que me estão a magoar. Peço. Querem tanto ver, que estão num puxa que puxa com o meu braço.
 PERDONO!
Ia dizer para pararem com as desculpas quando ouço a porta de casa a abrir.
-FILHAS! CHEGUEI!!!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

As vezes da para o torto.


(despertador)
Eu já vocalizei do verbo vocalizar o quanto odeio acordar cedo?
Levanto-me, faço a minha rotina matinal onde visto as minhas habituais roupas e o meu amado all star.
- Bom dia! Digo entrando na cozinha e sirvo-me de uma taça de cereais.
- Bom dia filha! Responde-me a minha mãe apressada como todas as manhãs.
Neste rodopio arranjamo-nos e corremos para o carro. – Têm tudo? Pergunta-nos a mãe. E reparo que deixei a mochila no quarto depois de ter lavado os dentes.
- Falta-me a mochila!
-Ok, vai busca-la que estamos a tua espera no carro. Diz enquanto subo as escadas.
Depois de encontrar a minha mochila debaixo da cama e perguntar-me como foi ela lá parar, volto a descer.
Estava a abrir a porta da rua quando o meu pesadelo se torna real.
-Bom dia vizinha. Ouço lá fora.
Eu costumo ser um bocado lenta em raciocínio de manha, então só agora é que o dia de ontem está a regressar a mim.
-Merda. Ok… Em 24 horas descobri que tenho dois vizinhos lindos, apetecíveis e irritantes, que vou ter de actuar todos os dias.
-Olá, bom dia. A minha mãe tinha de ser a simpatia em pessoa não era?
- Não sabia que a casa ao lado tinha gente, depois de tanto tempo a venda.
-Sim, instalamo-nos este fim-de-semana.
- Verdade?
Saio de casa, pois já estava mais que atrasada.
-Bom dia Matilde, tens a ficha que a stora mandou para o mail ontem?
- Conhecem-se filha?
-Sim, foram eles que me deram boleia ontem. Respondo-lhe. – Bom dia.
-Filha, para a próxima diz-me o bem que te fiz em vires de boleia. A minha mãe acabou de me fazer um olhar sugestivo? Vou vomitar.
- Okay… Estamos a atrasarmo-nos uns aos outros.
- Tens razão. Diz Tirando a agenda de marcações da mala.
- Sim, sim vamos. Digo arrastando a minha mãe até ao carro.
- Minha filha… Diz lá se não tens a melhor mãe do mundo?
- Sim, a melhor. Resmungo. – Agora vamos.
- Não sei para que tudo isso? A voz da Inês faz-se ouvir do banco de traz. -Conheço melhor.
- Filha tens de dizer a mãe onde é o teu caixote do lixo.
- Matilde? Chama-me numa mudança brusca de assunto.
-Sim?
- Vais hoje depois das aulas. Começa. – Tens os documentos e os cartões na mala.
-Ok. Então é hoje…
Chegamos a escola, despeço-me da minha mãe e vou ter com as meninas.
Estavam todas sentadas no muro perto do prédio de aulas a aproveitar o raro sol que se fez aparecer hoje.
-Bom dia. Comprimento entre um bocejo.
-Bom dia. A letargia é tanta, que só a Helena e a Teresa, que estavam a discutir um trabalho, é que me reponderam. Fecho os olhos para a apreciar melhor o calor.
Céus! Tem estado tanto frio que este Sol de Inverno é Maná dos céus.
Calor…Calor vindo de um corpo que se colou as minhas costa e agarra-me com braços grandes e igualmente quentes. Confortável.
-Agora, quero um bom dia de verdade. Matilde da um salto, libertando-se e encarando a pessoa. Merda, não era como se tivesse mesmo de olhar para saber quem era.
– Bom dia. O comprimento saio de seus lábios mais como um praguejar.
- Não assim. De beicinho armado e braços cruzados, Rafael fazia mais lembrar uma criança birrenta.
- Então como? A pergunta foi feita sem a intenção de resposta, mas sarcasmo não deve existir na Itália.
- Assim. A resposta veio com as mãos que seguravam o seu queixo e juntavam a sua boca com a de Rodrigo no que de inicio era um selinho, para se transformar numa pequena batalha, de quem domina quem, feita pelas suas línguas.
Ele tem o sabor de menta e canela, provavelmente da pasta dos dentes, e cheirava a sabonete e loção da barba.
Como seres vivos que são, tiveram de se separar para poder receber o oxigénio que os seus pulmões reclamavam.

- O.M.G… Matilde olha em volta, para encontrar as amigas, á poucos momentos letárgicas, numa euforia como se tivessem tomado ecstasy como vitaminas ao pequeno-almoço.

-Vais contar T.U.D.O. Soletrava a Gatinha, enquanto era arrastada por Gabi e Teresa.

-Mas… Balbuciava Matilde ainda meio dormente, pelo beijo e a correria a volta dela. E salva pelo gongo, literalmente, pois toca para a entrada da primeira aula que ia ser Inglês. E como esta stora era tudo menos boa pessoa era bom chegar a horas.

- Se não tivéssemos esta Stora agora não, escapavas. Diz Gabi enquanto corremos para a sala.

Estou feita. Elas não me vão largar até eu dizer do sabor a textura da boca do tipo. Eu quero a minha mãe… Não espera… Não quero nada ela provavelmente ficaria do lado delas.
Chegamos há sala mesmo no niquinho do tempo. Temos sempre a mesma sala menos nos dias de biologia e química práticas.
Sentei-me no meu lugar ao fundo da sala, e tentei abstrair-me como sempre.
Porquê que não lhe bati? Podia tê-lo feito, mas aquele beijo foi desconcertante. Dominador, possessivo, mas com um Q de gentileza. O tipo de beijo de um homem que sabe o quer. Acho que fiquei viciada em menta e canela.
-Também quero um “bom-dia” assim! O meu cérebro esta a fazer aquele apito que a maquina cardíaca faz quando a pessoa morre. Estou com cara de parva e só me falta babar, pela inactividade cerebral.
-NÃO! Este não que deviria ser baixo e discreto, saio num alto e esganiçado grito que chamou a atenção de toda a turma.
- Ok, desculpa. Ele encolheu-se e o sorriso foi-se, como diria a Gabi, ele esta mesmo puto da vida.
Bem que se lixe. Não é como se tivesse beijado o irmão dele porque quis, só correspondi a um dos melhores beijos da minha vida.
O dia passo sem mais precedentes, consegui esquivar - me das meninas nos intervalos e nem sinal dos gémeos maravilha.
Hoje foi (sem contar de manha) estranhamente monótono, vai-se lá saber porque.
Pelo menos não esta a chover.
Sai da sala a passo apreçando, para fugir das meninas e das suas fatídicas perguntas. Sei que vou se bombardeada por elas no msn, mas pelo menos ai tenho tempo para pensar o que dizer, neste caso escrever.
-MATILDE. 
Ainda perto dos portões estão os meu novos  “ amiguinhos” notem a ironia.
-Espera! Grita Rafael, como eu sei que é ele? Conheço os a dois dias e o Rodrigo não faria um escândalo destes.
- Onde vais?
- Para casa. Respondo num tom de óbvio.
- Não vens connosco?
- Obrigado, mas já abusei o suficiente de vocês. Sorrio. – Além disso tenho um sitio a onde ir.
- Olha! Começa agarrando-me o braço com certa força. – Estamos mais ligados do que tu possas imaginar.
Pronto. Ele passou de pateta irritante, para o que parece um perseguidor.
(toque do telemóvel)
 Ainda a olhar para ele tiro o móvel bolso do moleton e atendo.
(móvel on)
-Sim?
- Filha? É a mãe, já estas a caminho?
- Estou a sair da escola agora. Só estou a espera dele.
-Ok. Quando estiveres a entrar, dá-me um toque.
 -Sim. Adoro-te beijo.
(móvel off)
- Sabes que mais? Digo libertando-me da mão que me prendia o braço num aperto de ferro. – Eu tenho de ir.
- Ei, ainda não acaba-mos a conversa. Ele tenta segurar-me outra vez mas sou mais rápida e esquivo-me.
- O que quer, que tu penses que temos, não existe. Grito. – Não me voltes a falar.
- Esta tudo bem por aqui Matilde?

Say What?


-vá lá… Só quero ver…
-Miúdo? Pergunto ainda não em mim. -Que parte da palavra não, não consegues compreender?
-Pronto não é preciso todo esse stress. Provocador da merda.
-Tilde? Quem me chama?
- Susana? Olho para trás para confirmar e vejo uma Sú no mínimo transtornada.
-Su. Chamo, mas ela só me da um olhar vazio e cheio de dor. – Susana estás-me a assustar. Levanto-me e agarro-a pelos ombros, o que não é difícil pois ela é quase 10 cm mais baixa que eu.
-Dói tanto… Só consigo ouvi-la a balbuciar estas palavras antes de enterrar o rosto no meu peito e segurar-me como se fosse desaparecer.
Seguro-a contra mim até onde é me permitido, e deixo-a chorar as suas magoas e dores no meu peito.
Palavras bonitas mas vazias não fazem falta num momento como este.
Basta um gesto e um ombro ou um peito amigo que nos abrace, e nos faça sentir que esta tudo bem…é o melhor para quem tem um coração partido.
Faço a uma ideia do que se passou … A nossa pachorrenta amiga, que sempre está dos mais vivais humores, declarou-se a quem ama… E parece que não é vista como gostaria de ser.
Sinto-a acalmar-se aos poucos, mas não a largo ate ela dar sinal, e faço a derradeira pergunta, que agora mais calma, ela vai-me responder.
-Súzinha~. Falo balançando-me um pouco e agarrando-a com mais força. – Que se passou amor meu. Esta última é dita com a minha face enterrada nos seus cabelos.
  - Ele disse que…Que eu podia ir falar com ele…qu…qua…quando passar pela puberdade. Responde-me soluçando. – Ele disse na minha cara que me acha uma criança imatura de 13 anos. Completa num tom amargo e sem a vitalidade que lhe é característica.
-Sú. Chamo-a mais uma vez que olhe para mim. – Há coisas que não podemos controlar. Digo-lhe beijando a sua testa e as bochechas rosadas pelo choro.
-Eu nunca mais quero saber de rapazes.
Ri. Quando a Susana não quiser mais saber de rapazes o céu cai e os sapos governarão o mundo.
-Ambas sabe-mos que isso te é impossível.
 -Que parva. Uma tipa aqui a sofrer e tu a fazer piadinhas do coco. O tom é zangado mas já tem um sorriso.
-Melhor? Pergunto afastando-me um pouco, com medo que ela desmoronasse mais uma vez.
-Sim. Responde-me com um sorriso triste mas verdadeiro. – Brigada Tilde.
-Lencinho? Oh Deuses…Esqueci-me dos Jalermas.
      Rafael esta de braço esticado tentando dar-me um lenço de pano bordado com um monograma.
“. R.B.”Quem é que ainda usa lenços de pano?
-Obrigado. Aceito. É melhor lenço de pano do que lenço nenhum.
- Querem saber o que mais odeio quando choro? Pergunto virando-me para os três.
-O ranho. Digo dando uma gargalhada com a cara que eles fazem.
-Sentes-te melhor? Ainda não os apresentai a Susana, e só agora é que ela os notou e esta completamente em choque.
-Suh… Chamo. – Tens de respirar amor.
-Ela esta bem? Pergunta-me Rafael meio assustado.
Mas não era para menos, ela parecia que os ia atacar a qualquer momento.
-Apresenta-nos. E é esta Susana Albuquerque que eu conheço e amo.
A Suh apaixona-se mais vezes do que muda de roupa, mas todas elas lhe batem de chapa.
  - Suh, estes são o Rodrigo e o Rafael Bernardinelli. Digo os nomes deles apontando para cada um.
-Esta é a Susana Albuquerque.
 -Prazer. O Rodrigo estende a mão para a cumprimentar, mas muito atrevida (lesse atirada) inclina-se e dá-lhe um beijo no canto da boca.
Ohhh~ rapariguinha atirada, posso adora-la mas á atitudes e manias suas que não suporto.
Rafael troca um olhar divertido para o irmão que rolou os olhos e fez um olhar de tédio como se já esteve-se habituado, o que não me parece impossível que esteja.
Dou um sorrisinho amarelo e constrangido como uma desculpa silenciosa, pela minha amiga atiradiça.
-Suh, Tilde. Olhamos para a porta.
 -Qué que aconteceu? Pergunto vendo a Gabi torcer o cabelo e a Teresa a tentar limpar a maquilhagem borrada.
-Esta a chover. Diz Helena sarcástica. Eu sei que a pergunta foi parva, mas maneira que ela me falou…pele de galinha.
-Ganda molha!!!  Suh faz esta exclamação as gargalhadas. Suh, Suh…Qualquer dia lixas-te.
-Suh. Chamamos todas. – Menos, muito menos.
Sentamo-nos todos como no bar.
As meninas já conhecem o Rafael e o Rodrigo até que foi um membro activo na conversa.
A Susana é que parece ter recuperado bem.
Conversa vai, conversa vem, toca para o final da nossa suposta aula.
Aproveito esta deixa para me ir embora.
-Pessoal! Chamo a atenção. – Vou me embora. Digo. – Alguém vem?
-É verdade! Exclama gatinha dando um salto da cadeira. – Disse a minha mãe que não tinha as duas últimas aulas, e podíamos ir buscar a minha irmã que não esta a sentir muito bem.
-O meu pai vem me buscar a mim e as meninas, porque esta a chover. Começa Jéssica. – Podes vir connosco. Faço um a careta.
- Todas vocês vivem para os lados de Santa Marta do Pinhal. Digo. – Não tem cabimento irem no sentido oposto só por mim.
- Vou a pé. No problemo.
-Não é incomodo nenhum Matilde. Refuta Jéssica. – E ires a pé tem a consequência de poderes apanhar uma gripe ou coisa pior.
- Ei. Chama Rafael. – Para que lado é que vives?
- Para Pinhal Vidal nesses lados. Respondo sem nem pensar muito no assunto.
- Nos vamos para ai. Diz Rodrigo. – Senão te importares de esperar mais um bocado, podemos te dar boleia para casa.
- Não vos quero incomodar. Respondo.
-Não é incómodo nenhum, Fica em caminho. Certo? Pergunta ao irmão, para que com a sua resposta ficasse mais confirmada.
-Quem vos vem buscar? Agora foi intrometida. – Não têm de responder.
-Não há problema. Diz Rafael com um sorriso divertido e muito bonito. Pela deusa, estes rapazes são quase irreais. – Ninguém nos vem buscar, temos carro.
-Há… Esta bem. Eles têm carro…. Espera lá. – Carro? Pergunto. Que idade têm?
- 17. Cara de pau já sabes como me chatear com essa conversa mole, e a cara de inocência dissimulada.
- E tens carro? Pergunto descrente.
 - Sim, temos carro e carta linda . Responde
- Não me chames linda. Por favor. Peço. – Fazes-me lembrar o meu ex. E acredita, tu não tens nada a ver com ele.
-Mas, falando de carta. Centro-me de novo no assunto. – Em Portugal, não permitido tirar a carta com menos de 18 anos.
- Pois, Tilde, dizes bem, em Portugal não é permitido. Começa. Não é que eles até com cara de cínicos ficam lindos? Mas a gente de muita sorte. – Em Itália, com a autorização dos pais, podemos tira-la aos 16.
-Mas é aceite em Portugal? Pergunto.
- O acordo de euro, faz com que este documento, ser aceite aqui. Quem me responde é Rodrigo, que estava a ler uma revista cultural que a gatinha tinha trazido.
 -Fixe, tenho de tirar a carta lá. Eles podem conduzir a pelo menos um ano. INVEJA PODE MATAR.
- Então? Aceitas a boleia? Mas o sorriso do Rafael é lindo. Bem… Que dilema ir a chuva, ou ir com este dois Grandes pedaços de maus caminhos…. Uì que difícil.
-Sim, vou aceitar. Obrigado.
OHHH, mas que grande frete vou eu fazer.
- Bem, á uma condição. Mau o que vai sair daqui?
-Que condição?
- Esperar até ao final das aulas. Explica. – Temos de esperar o nosso irmão mais novo.
- Irmão mais novo? Mais um deles?
-Sim, esta no 9º ano. Responde Rodrigo. - Como só acaba as aulas por volta das 13:15, temos de o esperar.
As meninas despedem-se de nos uma por uma, até que ficamos só nos três na sala, mas somos expulsos pela vigilante. A velha precisa é de pixa.
Com isto tudo vamos para o bar. Ao entrarmos encontramos o resto da minha turma.
Deixem – me explicar.
A minha turma é constituída, maioritariamente de rapazes.
Devem estar a pensar, que sortuda. Pois, não, nesta turma nem os giros se aturam. Deusa toda-poderosa, como pudeste dar-nos a nos mulheres, criaturas tão desmentalisadas como o homem?
Bem os rapazes da minha turma, são rapazes, consequentemente, são criaturas brutas e até insensíveis. Até os inteligentes são assim, claro que para toda a regra á uma excepção.
Somos 26…Não espera, somos, a contar com os manos maravilha 28.
A população feminina da minha turma é de 7 raparigas.
Resumindo e concluindo moral da historia… Temos demasiadas pixas na turma.    
Ficamos no bar te ao toque de saída de 13:15.
Durante esse período, conversamos e conhecemos no melhor.
“Descobri” que o irmão mais novo deles chama-se Andreas e tem deles 2 anos de diferença, pelas minhas contas deve ter 14 anos.
Vivem os 3 sozinhos e a vinda para Portugal foi uma prenda pelas notas e o bom comportamento.
Vamos para a saída da escola e ficamos debaixo de um toldo próximo do parque de estacionamento da escola a espera do Andreas.
- Também não tens uma irmã mais nova? Estávamos em silêncio á já algum tempo.
- Sim, tenho. Adoro o cheiro da chuva. Hummm que melancolia.
- Ela não precisa de boleia? Que súbito interesse é esse Rafael?
-A chuva faz lhe bem as ideias.
Ele olha para mim com a testa franzida, mas antes que pudesse me dizer alguma coisa o Rodrigo chama-nos a atenção. - O Andreas esta a vir.
-Andreas. XXXIIÇA, que pulmões.
Andreas é um rapaz, de não mais de 1,75, louro com feições tão bem desenhadas como as dos irmãos, mas mais suaves. Tem em comum o formato da cara, as maçãs do rosto e o queixo prefeito, mas o formato dos olhos e a boca não tem nada a ver.
 Também tenho de dizer que ele é um louro caramelo com um par de olhos que faz lembrar o âmbar.
Muito encavacado, dirige-se a nos e cumprimenta os irmãos. No meio da rodada de “Olá”  ele olha para mim confuso, como se estivesse a vasculhar toda a sua memória para ter a certeza se me conhecia ou não.
- Não querido, não me conheces. Ele é tão QUERIDO KYAHH. – Chamo-me Matilde Vasconcelos, e os teus irmãos ofereceram-me boleia, prazer. Apresentei-me. Tadinho.
-AH! Olá, chamo-me Andreas Bernardinelli, Prazer. Ate o sotaque do puto é querido.
-Também quero. Alerta de aura EMO.
- Também queres o que? Pergunto a um Rafael que está a fazer um beicinho.
- Quero que me trates assim. Espera lá, isso foi uma acusação? Eu devo ser parecida com a mãe deles para ele me estar a cobrar falta de atenção.
 -Queres que te dê miminhos e te diga quanto te adoro, é isso queridinho? Não preciso dizer que a esta altura o Andreas estava quase a atira-se ao chão de tanto se rir e o Rodrigo estava a tudo o custo ser o mais discreto possível.
- Sim-. E dou por mim com ele abraçado a mim. Céus, ele cheira tão bem…
(musica _ Eminem lose it)
- Tou a tocar. Não há nada melhor para quebrar o encanto que o toque de móvel na altura errada.
O Rafael larga-me e agora tento encontrar o meu telemóvel no fundo da minha mochila.
Telele, telele onde ta tu?
Finalmente encontro e… é a minha mãe?
(móvel on)
-sim?
- Matilde, filha é a mãe.
- Sim mãe que se passa?
- Querida como vens á chuva? Queres que te vá buscar? Não gosto que tu e a tua irmã venham a chuva.
-Mãe, não te preocupes, tenho boleia.
- Que bom filha, vais com o pai de uma das tuas colegas?
-Não.
- Então como é que vais?
-Bem… com os meus novos colegas.
-Novos colegas.
-Sim mãe. Queres que te diga o quê?
-Eu sei lá se eles são de confiança?
-Mãe, sabes que eu tenho um sexto sentido para as pessoas, eles são um bocado doidos mas uns fixes.
-Hum…Liga o GPS do teu telemóvel.
-Mãe.
-Filha… Mas esses colegas, são rapazes?
-Sim mãe, mais alguma coisa?
-Vais levar a tua irmã contigo, certo?
-…
-Matilde, isto não é um pedido, eu estou a mandar, estamos entendidas?
-Sim.
- Óptimo, vemo-nos em casa adoro-te.
-Também te adoro, mas as vezes irrita-me um bocado.
- Ta, claro filha até.
E a minha mãe desliga-me na cara, maravilhoso.
(móvel of)
Voltei para junto deles, a pensar com que cara ia eu lhes pedir mais alguma coisa, eles já me estão a fazer o favor de me dar boleia, certo?
-Ei tudo bem? Estava tão concentrada que nem reparei que eles estavam-me a chamar a algum tempo.
- Eu sei que já é abuso. (suspiro) – Mas, seria muito incómodo se dessem também boleia á minha irmã?
-Claro. Eles respondem como se já tivessem dito isso e era já um dado adquiridos.
-Era isso que eu te queria dizer ainda agora. Acrescenta Rafael.
-Obrigada. Tiro a mochila do ombro e ponho o capucho.
-Podem guarda-la por um bocadinho? Volto já.
Antes que eles pudessem dizer alguma coisa, desato a correr para dentro da escola.
A Inês e o seu bando de seguidores deslavados, tem o seu ponto de encontro por detrás da escola, que fica num canto esquecido onde esta um antigo anexo.
Na verdade aquilo é um verdadeiro lixo, mas se os populares gostavam era o sito mais fantástico do mundo. Para algumas pessoas era como se aquilo fosse a Disney. Céus! Aquilo era um antro de adolescentes vis e com as hormonas aos saltos.
 E, é no meio dessa imundice toda está a minha irmã com a língua, de um gajo pelo menos cinco anos mais velho que ela, na garganta.
A Inês tem tudo para ser brilhante, mas está mais interessada em futilidades e ser o centro de toda a atenção e ter legiões de amigos interesseiros a aquecer-lhe as costas. Fútil, interesseira, má, manipuladora e como a minha amiga Gabi costuma dizer com o seu carregado sotaque brasuca uma grande paty.
-Inês. Ela pára o beijo que mais parecia uma lavagem. O tipo que ela esta a beijar é o bad boy do Tiago Fonseca. Bem… Pelo menos tem bom gosto.
 Ela olha-me, e quando percebe quem a chama, ignora-me, voltando a enfiar a língua dentro da garganta do marmanjo.
Há duas, entre muitas, neste mundo que não tolero.
Faltas de respeito perante quem quer que seja, e que me ignorem.
Mas bem, vamos tentar mais uma vez.
-Inês, vem comigo, estamos a boleia e é uma falta de tudo deixa-los a espera.
 UM MIN… DOIS MIN… SABEM QUE MAIS? MERDA PARA ISTO.
Até agora estava á ‘’porta’’ do beco, entro de rajada agarro a Inês por um braço e com o mesmo movimento trago também a sua mochila e arrasto-a literalmente dali para fora.
Durante este glorioso processo, a minha irmã mostrou que tem um belo par de pulmões. Pela deusa! Parecia que a estavam a matar.
Chegamos a o portão, onde os gémeos e o Andreas nos esperavam.
-Vamos? Pergunto de cara lavada em quanto a Inês grita a plenos pulmões.
-Estás morta Matilde. Estás-me a ouvir, morta e a sete palmos da terra. Nem me dou ao trabalho de olhar.
O Rodrigo começa a andar para o parque de estacionamento, segui arrastando a Inês.
A chuva que estava ainda a pouco era ela uma chuva moderada, agora é uma torrencial onde eu já não sinto os meus ossos do frio. Saímos debaixo do toldo e foi um literal banho de água fria, ai reparo que a Inês já não fazia uso dos seus belos pulmões. Olho para ela e vejo para que está mais interessada em manter-se quente, só agora reparo como ela está vestida. A doida saiu de casa com uma saia, um top e um casaco que só tapa o busto, ela leva demasiado a sério o dito “ é preciso sofrer para ser bonita”.
Chegamos ao carro, e que carro. É um Audi lindo, potente e cheiinho de estilo, entra-mos e quem conduz é o Rafael a primeira coisa que faz é ligar o carro, para acender o aquecimento. ABENÇOADO! Já nem sentia os dedos dos pés.
- Então...começa Rafael. – Onde devo deixar as senhoras? Pergunta saindo do estacionamento.
- Senhoritas. Corrigi. – Rua Saldanha dos santos ainda hoje se fizer favor. Entro na brincadeira.
- Com certeza senhorita, peço desculpa pelo “ senhoras “ mas não pensei que tão belas damas não estivessem comprometidas.
-  Os elogios não vão fazer com que pare na minha cama. Agora fui um bocado porca mas saiu.
 Quando acabo de falar oiço um riso contido sem lá muito sucesso olho para o lado, está no banco de traz com a Inês e o Andreas, a formação é o Andreas no meio, eu no lado esquerdo e a Inês no direito. Olho para o Andreas que até está vermelho de conter o riso.
-  Ficas tão giro corado. Provoco para o fazer corar agora de vergonha.
- Estou a ver que a tua onda é rapazes mais novos. Quem manda a boca é o Rodrigo o que faz um risinho gozão do Rafael.
Porquê? Queres que bata couro a ti?
- Ohh, eu não disse? Faço a pergunta retórica só para provocar. – Os mais novos são muito mais fáceis de controlar.
Ohh a cara deles foram impagáveis os Andreas olho-me até um bocado assustado espremendo-se um bocadinho mais no banco para ficar longe de mim, a Inês volta e meia olhava para nós, o Rafael teve de parar o carro para poder rir e o Rodrigo também não aguentou.
- Oh ragazza, dove sei stato tutta la mia vita? (Ó rapariga onde estiveste tu toda a minha vida?) Pergunta Rafael ainda a rir mais pela cara dos irmãos.
Eu e o Rafael continuamos a provocar-nos pelo caminho com entrada ocasional do Rodrigo e até do Andreas, só a Miss trombas é que ficou a viagem toda a ouvir o Justin Bieber no móvel, tão alto que se podia ouvir de onde eu estava.
 Chegamos á minha rua sem saída com um beco no final, fazendo que só tenha uma entrada, a minha humilde residência é a 4ª casa a contar do fim tudo bem eles estavam a ir bem já tinha dito qual era a casa mas ando estávamos a uma casa de distancia ele vira para a 3ª casa ao lado da minha, tira um pequeno comando do porta-luvas e faz abrir o portão automático para a entrada da garagem.
- Acho que te enganaste. Diz-me que não é aquilo que eu estou a pensar, diz-me que não é aquilo que eu estou a pensar.
- É um prazer conhecer-te vizinha.